GRIS é um jogo indie de aventura desenvolvido pela Nomada Studio e lançado em 2018 pela Devolver Digital. Venceu o The Game Awards 2019 como o Jogo Mais Impactante.
Gris (significa “cinza”, que é como ela começa no jogo) é a protagonista da história que inicia uma jornada de descoberta e autoconhecimento a fim de superar a dor que sente pela falta de uma pessoa e tentar se reencontrar. Alguns personagens aparecem ao longo da história para ajudá-la a passar por algumas fases difíceis, tanto fisicamente quanto emocionalmente. Ela vai explorar os ambientes enquanto coleta suas memórias para se reconstruir.
GRIS é uma experiência serena e evocativa, sem perigos, frustrações ou mortes. O jogador deve explorar um mundo elaborado meticulosamente, com um estilo delicado, animações detalhadas e uma elegante trilha sonora. Ao longo do jogo, irão se revelar quebra-cabeças simples, sequências de plataformas e desafios opcionais baseados em habilidades, à medida que você vai abrindo o mundo de Gris.
É uma experiência quase sem texto, apenas com simples lembretes de controles representados por ícones universais. Também é carregado de simbolismos em toda parte, como por exemplo a mão que a ampara no início do jogo se rachando e quebrando, fazendo-a cair.
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Minha Opinião
Pensa num jogo que vai pegar seu coração e estraçalhar em mil pedacinhos até te deixar completamente devastado, é assim o jogo GRIS. Uma garota de repente se vê sem voz e sem cores em sua vida, num enorme vazio existencial após seu mundo pessoal entrar em declínio.
Pouco a pouco, conforme o jogo avança, ela vai precisar encontrar forças para se reerguer e buscar novamente as cores da sua vida e sua própria voz até conseguir superar e finalmente seguir em frente e em paz consigo mesma.
Pode parecer uma explicação confusa, mas é o tipo de jogo que não se explica, apenas se joga para sentir e entender completamente.
O jogo aborda temas delicados como o luto e a depressão, principalmente sobre as cinco fases do luto: negação, raiva, barganha, depressão e aceitação, tudo isso de uma forma sensível e tocante.
GRIS é uma verdadeira obra de arte; não apenas visual, com cenários lindos de encher os olhos todos feitos em aquarela pelo artista Conrad Roset em parceria com os desenvolvedores do jogo; mas também auditiva, nos presenteando com uma trilha sonora de arrepiar, do grupo Berlinist, e que dá o toque especial e necessário para todas as ambientações do jogo.
É uma experiência completamente emocional e particular. Alguns podem achar o jogo entediante por não apresentar muita ação ou desafios, além de ser bem curto, mas essa não é a proposta do jogo. É o tipo de jogo para você apreciar e refletir durante toda a jornada sobre o que ele aborda, sem pressa.
Não tem como não chorar com esse jogo de tão emocionante que ele é. Passei um bom tempo refletindo sobre ele depois. Fiz questão de jogar duas vezes seguidas não só para conseguir todas as conquistas (gosto muito de fazer isso nos jogos e porque tem uma cena escondida no final), mas também para viver toda a experiência de novo porque foi muito única e impactante.
Eu não queria que acabasse, não queria me despedir dele, eu queria esquecer tudo só para viver aquilo tudo de novo pela primeira vez.
O que eu escrevo aqui é pouco para expressar os sentimentos que esse jogo causa e o quanto ele é incrível. Sem dúvidas entrou para a minha lista dos melhores jogos que já joguei na minha vida. Recomendo fortemente.
Onde encontrar:
Desenvolvedor: Nomada StudioDistribuidor: Devolver DigitalLançamento: 2018Jogadores: 1 pessoaGênero: Aventura, Indie, SingleplayerDescrição: Gris é uma jovem esperançosa, perdida em seu próprio mundo, que lida com uma dolorosa experiência. Sua jornada pela tristeza se manifesta em seu vestido, que concede a ela novas habilidades para navegar melhor por sua realidade desbotada. Ao longo da história, Gris evolui emocionalmente e passa a ver o mundo de outra forma, revelando novos caminhos para explorar com o uso de suas novas habilidades.
Imagens: Divulgação/Devolver Digital
Chernobyl é uma minissérie de 5 episódios, criada por Craig Mazin e lançada em 2019 pela HBO. Ela dramatiza os eventos em torno do acidente nuclear de 1986 na usina de Chernobyl, que fica na Ucrânia.
Qual é o custo da mentira?
Em 1986, na Ucrânia durante a União Soviética, houve uma explosão na Usina Nuclear de Chernobyl. O acidente dizimou dezenas de pessoas e acabou por se tornar o maior desastre nuclear da história.
Enquanto o mundo lamentava o ocorrido, o cientista Valery Legasov (Jared Harris), a física Ulana Khomyuk (Emily Watson) e o vice-presidente do Conselho de Ministros Boris Shcherbina (Stellan Skarsgård) tentam descobrir as causas do acidente e como minimizar suas consequências.
Depois do devastador acidente, todos que tiveram contato direto com a radiação da usina sofreram terríveis efeitos colaterais, desenvolvendo queimaduras e feridas por todo o corpo. Alguns exemplos são as histórias paralelas do bombeiro Vasily (Adam Nagaitis), um dos primeiros a chegar no local do acidente, e mais tarde sua esposa grávida Lyudmilla (Jessie Buckley), que também é exposta a altos níveis de radiação quando finalmente encontra o marido no hospital, em isolamento.
Valery e Ulana enfrentam pessoas extremamente poderosas na tentativa de expor a negligência e descuido por trás do acidente.
“(...) Eu precisei pedir desculpas aos nossos inimigos.”Mikhail Gorbatchov
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Minha Opinião
Impossível não reconhecer que a série foi bem elaborada, estudada e concretizada de forma excelente. Eu não esperava nada menos da HBO que já tem esse histórico de trazer produções incríveis de tirar o fôlego.
O roteiro é bem forte que te deixa apreensivo do começo ao fim, a fotografia é sensacional reconstituindo uma ambientação de época incrível, os atores estão excelentes nos seus papéis de tal forma que te ajuda a compreender a preocupação deles com relação à gravidade da situação. Tudo isso resulta numa obra impactante e dinâmica.
Ele consegue instigar nossa curiosidade para saber mais sobre a história do acidente e provoca uma vontade de conhecer de perto os lugares nos dias de hoje. Mas claro que isso é impossível, uma vez que até hoje o lugar emana radioatividade e está isolado.
Apesar de se aproximar bastante dos acontecimentos reais, essa série não é um retrato fiel da realidade, uma vez que toma algumas liberdades com a história a fim de trazer mais dramaticidade para a minissérie. Mas ainda assim é super válida como um contexto geral de tudo o que aconteceu.
Diversas passagens na história te levam a refletir sobre como a imprudência, a ganância e os interesses pessoais foram capazes de tanta destruição, cujos efeitos se estendem até os dias de hoje.
“Quando a verdade ofende, mentimos até não nos lembrarmos mais dela. Mas ela continua lá. Cada mentira que dizemos incorre uma dívida à verdade. Mais cedo ou mais tarde, essa dívida é paga.”Valery Legasov
Tantas pessoas morrendo por conta da radiação e foi difícil de ver todas as medidas que tiveram que tomar por conta disso. A região precisando ser evacuada até ficar deserta, destruição de plantações e matança dos animais domésticos e selvagens porque estavam todos infectados, antes que fugissem para outras cidades levando consigo a radiação.
É uma minissérie pesada. E pensar que isso tudo é real, tudo ainda queima, tudo ainda mata e morre. A irresponsabilidade e prepotência só não foram mais terríveis por causa de algumas poucas pessoas que fizeram o que podiam, e pagaram um preço alto por isso.
Fantástico e assustador em igual medida. Vale muito a pena!
Criação: Craig MazinEmissora: HBOAno: 2019Episódios: 5 | Duração: 58-71 minutosGênero: Drama, HistóriaSinopse: Chernobyl dramatiza a “história de uma das piores catástrofes provocadas pelo homem na história” e fala dos bravos homens e mulheres que se sacrificaram para salvar a Europa de um desastre inimaginável. A minissérie foca no escândalo devastador do desastre da usina nuclear que ocorreu na Ucrânia em abril de 1986, revelando como e por que aconteceu e contando as histórias chocantes e notáveis daqueles que lutaram e caíram.
Imagens: Divulgação/HBO
Encontrada: À espera do felizes para sempre é o segundo livro da série Perdida, escrito pela Carina Rissi e lançado em 2014 pela Editora Verus.
Resenha com spoiler do livro Perdida.
Continuação da história de Sofia. Em Encontrada, ela se sente plenamente feliz como nunca imaginou que seria possível, ao lado de seu amado Ian e vivendo no século XIX, mas logo Sofia vai descobrir que toda a agitação para os preparativos do seu casamento é apenas o início do que se tornaria a sua vida dali para frente.
A chegada de Cassandra, uma tia distante dos Clarke que não aprova esse casamento, junto com seu filho Thomas, vai abalar a vida de Sofia e fazê-la duvidar de si mesma e de sua capacidade em se tornar a nova Sra. Clarke.
Segredos e mentiras também vão envolver o casal, tanto Sofia que não conta à Ian sobre o negócio que ela quer começar, quanto Ian que não divide com ela o que tanto o aflige, e isso vai ameaçar a relação.
E como se não bastasse, coisas estranhas começam a acontecer na vila, envolvendo principalmente moças recém-casadas, desesperando os fofoqueiros supersticiosos e intrigando Sofia que não aceita não encontrar uma solução lógica para o que vem acontecendo.
Sofia está decidida a fazer de tudo para não deixar que nada – e nem ninguém – atrapalhe o seu “felizes para sempre”, sem saber que a única pessoa capaz de fazer isso é ela mesma.
“Vamos errar algumas vezes, acertar outras, mas, se estivermos juntos, tudo acabará bem. É assim que tem que ser. É assim que será.”
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Minha Opinião
Eu tinha grandes expectativas para esse segundo livro da série Perdida, após o primeiro ter sido perfeito, e posso dizer que foram todas atendidas e terminei a leitura me sentindo totalmente realizada com a história.
Esse livro só reforçou o quanto os personagens e a ambientação criados pela Carina Rissi são apaixonantes, somados à uma história intrigante e cheia de acontecimentos, o resultado sou eu totalmente satisfeita e mais fã ainda dessa série, se é que é possível.
Assim como o seu antecessor, Encontrada nos mostra um pouco mais de como era esse mundo que já não é mais o nosso, um tempo e uma época que desconhecemos, e que justamente por causa disso que desperta o nosso interesse para saber como era, como tudo funcionava, como as pessoas viviam, como eram os costumes. As curiosidades a respeito disso tudo são sempre muito legais e interessantes.
E também adorei saber como se desenvolveu a vida da Sofia, depois que ela tomou a decisão de ficar nesse tempo com o Ian. A gente sempre quer saber o “depois” do felizes para sempre e foi legal de ver que as confusões continuam na vida dela, afinal a vida real não é um mar de rosas (em qualquer tempo que seja), mas nada que ela não possa superar e vencer. Eu adorei esse livro!
À espera do felizes para sempreAutor: Carina RissiEditora: VerusAno: 2014Páginas: 476Gênero: Ficção, Literatura Brasileira, Romance, Romance de ÉpocaSinopse: Sofia está de volta ao século XIX e mais do que animada para começar a viver o seu final feliz ao lado de Ian Clarke. No entanto, em meio à loucura dos preparativos para o casamento, ela percebe que se tornar a sra. Clarke não vai ser tão simples quanto imaginava. As confusões encontram a garota antes mesmo de ela chegar ao altar — e uma tia intrometida que quer atrapalhar o relacionamento é apenas uma delas. Além disso, coisas estranhas estão acontecendo na vila e Ian parece estar enfrentando alguns problemas que prefere não dividir com a noiva. Decidida, Sofia fará o que estiver ao seu alcance para ajudar o homem que ama. Ela não está disposta a permitir que nada nem ninguém atrapalhe seu futuro. Porém, suas ações podem pôr tudo a perder, e Sofia descobre que a única pessoa capaz de destruir o seu "felizes para sempre" é ela própria.
1. Perdida (2013)
2. Encontrada (2014)
3. Destinado (2015)
4. Prometida (2016)
5. Desencantada (2018)
6. Indomada (2021)
Rick and Morty é uma série de animação criada por Justin Roiland e Dan Harmon. Foi lançada em 2013 para o bloco de programação noturno Adult Swim, do Cartoon Network.
O show gira em torno das aventuras da família Smith, formada pelos pais Jerry e Beth, os filhos Summer e Morty, e o pai de Beth, chamado Rick Sanchez, que mora com eles como um hóspede indesejado.
Eles moram na cidade de Seattle, em Washington, mas suas aventuras os levam para infinitas realidades paralelas e multiversos, viajando por planetas e dimensões através de portais e um veículo espacial criados por Rick.
Rick é um cientista excêntrico e alcoólatra de 70 anos que não acredita nas convenções sociais como o casamento, família, escola, amor. Ele não se importa de tirar principalmente Morty da escola e arrastá-lo consigo para suas aventuras a fim de ajudá-lo a salvar planetas inteiros em outras dimensões, sem pensar nas consequências.
Já Morty tem 14 anos e só tenta ser um adolescente normal, mas constantemente acompanha Rick em suas aventuras poque ele não lhe deixa escolha. Sua personalidade ingênua e bondosa constantemente entra em conflito com a maquiavélica do avô, levando-o ao seu limite e a constantemente explodir, além de questionar sua própria existência e o mundo real que vive.
Beth é a mãe de 34 anos que se esforça para ser uma pessoa equilibrada e manter a família unida, embora nunca seja fácil por conta de tantos problemas envolvendo todos, o que também a leva a beber para se acalmar. Um dos motivos é sua incompatibilidade com seu marido Jerry, de 35 anos, que é inseguro, incompetente e tem uma personalidade infantil. Ele desaprova a influência de Rick sobre seus filhos, e apesar de Beth saber que Jerry tem razão quanto a seu pai, ela não o apoia porque não quer que seu pai vá embora, igual ele fez quando ela era criança.
A adolescente Summer, de 17 anos, é convencional e superficial, preocupada com seu status na escola entre os colegas. Muitas vezes também acompanha Rick e Morty em suas aventuras, algumas vezes ajudando e outras atrapalhando.
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Minha Opinião
Apesar dessa animação ser feita em forma de desenho animado, definitivamente não é para crianças por conter piadas bem pesadas de cunho sexual e violento. Tem classificação indicativa de 16 anos.
Sabendo disso, prepare-se para um mergulho nessa animação que é uma das mais doidas que eu já vi na vida onde do nada qualquer coisa absurda e sem sentido pode acontecer. O tempo todo a gente é surpreendido com as aventuras que o Rick obriga o Morty a participar em infinitos universos paralelos onde não existe limite para a imaginação. São tantas coisas que se desenrolam e se aprofundam que fica até um pouco difícil acompanhar tudo.
Com certeza vai agradar aos fãs de ficção científica que gostam de acompanhar situações cômicas e absurdas. Ele também faz paródias de filmes grandiosos da cultura pop que são muito divertidas. O maior exemplo e principal influência são os filmes da trilogia De Volta Para o Futuro, onde o Dr. Emmett Brown e o Marty McFly serviram total de inspiração para a criação de Rick e Morty.
Há quem ache que Rick and Morty não é tão grandioso que se compare a outras produções da mesma categoria como South Park, Os Simpsons, Futurama, Bojack Horseman, mas que ainda é válido por cumprir o que se propõe a ser, além de ter sido muito bem elaborado e desenvolvido em todos os aspectos. Até mesmo eu que não costumo ser muito fã desse tipo de humor negro, acabei gostando.
E uma coisa legal é que essa animação se propõe a discutir sobre a filosofia do existencialismo, quem somos e qual é o motivo da nossa existência, muito presente nas obras de Friedrich Nietzsche. Isso estimula muito o pensamento crítico de quem assiste, ao mesmo tempo em que nos diverte. Acho muito importante esse estímulo da nossa consciência em relação ao meio em que vivemos. Claro que a animação não se aprofunda nessas questões, mas menciona o suficiente para nos levar a refletir.
Rick and Morty é uma série que inicialmente parece uma loucura completa, mas que se prestar atenção, consegue identificar um certo sentido em meio ao caos. Ele também traz várias teorias bacanas sobre viagem no tempo e espaço que fazem sua mente explodir.
Eu resolvi dar uma chance mesmo sabendo que não faz parte do meu tipo de humor favorito, mas eu queria conhecer coisas novas que estivessem fora da minha zona de conforto e não me arrependi. Apesar de ainda não ter sido aquela coisa que marcou a minha vida, eu gostei sim e recomendo para quem estiver disposto a embarcar nessa doideira toda.
Criação: Dan Harmon e Justin RoilandEmissora: Cartoon NetworkAno: 2013-presenteTemporadas: 5 | Episódios: 51 | Duração: 22 minutosStatus: Em andamentoGênero: Aventura, Comédia, Fantasia, Ficção Científica, Humor NegroSinopse: Rick Sanchez é um cientista genial e alcoólatra que foi morar com a família de sua filha Beth, uma cirurgiã cardíaca de equinos. Ele divide seu tempo entre desenvolver projetos altamente tecnológicos em seu laboratório (garagem da casa de Beth) e levar seu neto de 14 anos Morty em aventuras perigosas e surreais pelo Multiverso. Combinados com tensões preexistentes dentro da família, esses eventos causam ao sensível Morty muita angústia em casa e na escola.
Imagens: Divulgação/Cartoon Network
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